terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Sem rumo



Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre ...
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.


Fernando Pessoa

6 comentários:

125_azul disse...

Há dias assim... beijinhos

Belisa disse...

Olá

O vento trouxe-me para aqui... e adorei!

Beijinhos estrelados

bettips disse...

Tal qual a minha árvore, a sair da madugada sem dormir!
Gostei muito que me tivesses entendido sobre o "desperdício" de natal. Infelizmente não posso voar fora deste cruzamento, só imaginação. Bjinhos

rui disse...

Olá

Lindas palavras, as de Pessoa.
Por vezes andamos sem rumo, mas não é que estejamos perdidos, mas sim, porque queremos ser livres.

Abraço

Jasmim disse...

Pois, é pena é que nem sempre assim possa ser.
bom domingo

Ana disse...

Esse poema vem mesmo a proposito, assim sou eu, sempre apanhei boleira do vento e vim parar aqui tao longe.....
Mas o vento que me trouxe ate aqui um dia vai-me trazer de volta.
Beijinhos